O contador da transferência de Viktor Gyokeres do Sporting para o Arsenal está quase a ficar sem bateria mas ainda não parou. Quando o Arsenal se prepara para digressão asiática, com partida marcada para sábado, todas as partes, leões, avançado, agentes e os gunners querem ver a contagem parar com a resolução do negócio até ao fim de semana, mas são os bónus que ainda travam a operação, sobre a qual lhe revelamos pormenores dos prazos de pagamento e do mecanismo de solidariedade.
Ao abdicar da comissão a que teria direito neste negócio (cerca de €7 milhões), parecia dado passo em frente pelo empresário Hasan Cetinkaya para que a transferência pudesse enfim consumar-se mas a ameaça de colapso voltou a pairar após mais uma nega dos leões à proposta enviada pelo Arsenal, que ofereceu €63,5 milhões mais €10 milhões em bónus, mas tudo foi bloqueado precisamente devido a essas variáveis. Os verdes e brancos querem a totalidade deste montante em objetivos realistas e até facilmente atingíveis, enquanto os ingleses apenas propuseram €3 M de fácil concretização. Números que, tal como A BOLA adiantou, foram prontamente recusados. Mais um passo atrás.
Entretanto os londrinos até admitiram facilitar um pouco nas variáveis, números realistas de até 7 milhões de euros mas a administração leonina, liderada por Frederico Varandas, está firme e irredutível em não abdicar de um cêntimo nos bónus para fixar a operação no total desejado e sempre apontado pelo presidente sportinguista de 80 milhões de euros.
Ontem não houve avanços nas negociações que no entanto podem ser retomadas a qualquer momento. O desejo dos londrinos é levar o goleador de 27 anos para digressão asiática, com partida marcada para sábado e com jogos agendados para Singapura com o Milan no dia 23 e no dia 27 com o Newcastle — há ainda jogo com o Tottenham em Hong Kong no dia 31, o mesmo do dérbi da Supertaça entre Sporting e Benfica.
Prazos e direitos de formação
Já muito se falou nos bónus por objetivos desta operação mas muito pouco sobre os prazos de pagamento e sobre o mecanismo de solidariedade, os vulgarmente chamados direitos de formação que têm de ser pagos aos clubes onde o jogador passou em idade mais tenra. Nesse aspeto, do mecanismo, por norma é assumido pelo clube que recebe a verba da transferência mas neste caso os verdes e brancos pretendem partir 50/50 esse encargo.
Já sobre os prazos de pagamento, os Arsenal pretende prolongá-lo em quatro, os leões querem mais depressa, em duas ocasiões.
