Há precisamente um ano Rui Borges dava o pontapé de saída na pré-época do V. Guimarães, tendo em vista a participação na Liga Conferência. Ao leme de uma das equipas históricas do futebol português, o impacto do treinador foi grande, tendo cumprido 30 jogos, onde celebrou 18 vitórias, teve sete empates e apenas cinco derrotas, além dos vimaranenses a terminaram a fase de grupos da Liga Conferência apenas atrás do Chelsea, o que, naturalmente, despertou interesse.
A 26 de dezembro foi oficializado como treinador do Sporting, teve o melhor presente de Natal de sempre, como referiu no dia da apresentação em Alvalade, e, desde então, foi sempre a somar. Pegou numa equipa que emocionalmente estava em cacos, depois da saída de Ruben Amorim para o Manchester United, e da aposta arrojada na promoção de João Pereira da equipa B para a principal não ter corrido como a Direção leonina pretendia.
Certo é que num ápice Rui Borges saltou do Campeonato de Portugal até um grande, tendo deixado marca bastante positiva por onde passou. Recorde-se que Rui Borges iniciou a carreira de treinador no clube da sua terra, Mirandela, seguindo-se Ac. Viseu, Académica, Nacional, Vilafranquense, Mafra, Moreirense e V. Guimarães antes de chegar ao Sporting.
Mas, voltemos ao que mudou em 365 dias para Rui Borges. Sagrou-se campeão nacional, não só cumpriu o sonho de estar numa final da Taça de Portugal no Jamor como a conquistou e, agora, prepara-se para os grandes palcos da Liga dos Campeões (na época passada ainda orientou o Sporting nos jogos frente a Borussia Dortmund, Bolonha e Leipzig).
Rui Borges terá um plantel à sua imagem, tendo já feito saber do diretor geral Bernardo Palmeiro, quais as posições que pretende reforçar e que tipo de jogador quer, sendo que está a reviver sensações do V. Guimarães, quando, recorde-se, no início da época perdeu duas peças fulcrais: Jota Silva (Nottingham) e Ricardo Mangas (Spartak Moscovo), agora, no Sporting, está na real iminência de ficar sem Gyokeres, o goleador máximo das últimas duas épocas em Portugal.
