
A morte prematura de Teresa Caeiro, ex-deputada do CDS e antiga vice-presidente da Assembleia da República, aos 56 anos, continua a chocar figuras públicas e cidadãos. Entre homenagens e mensagens de pesar nas redes sociais, Susana Dias Ramos, conhecida psicóloga da TVI, decidiu usar o seu espaço para lançar um alerta contundente sobre a amizade e a presença em momentos de dor.
Numa publicação no Instagram, Susana questiona os amigos de Teresa, conhecida carinhosamente como Tegui, sobre a ausência de apoio enquanto a ex-deputada vivia momentos difíceis. “E agora, nas redes, chovem homenagens. Textos bonitos, frases feitas, saudades públicas. Mas onde estavam quando ela precisava? Onde estavam quando o silêncio dela gritava?”, escreveu a especialista, criticando o que considera um vazio de atenção e presença durante a vida de Teresa.
A psicóloga reforça a diferença entre amizade verdadeira e homenagens póstumas, destacando que o verdadeiro apoio acontece antes da perda. “Amizade é estar presente antes. É sentar-se ao lado no escuro. É ouvir o silêncio e perceber que ele pesa mais do que mil palavras. Amizade não é homenagem póstuma. É vida partilhada. É dor dividida”, acrescentou, deixando uma reflexão sobre a importância do cuidado com quem sofre de depressão, isolamento ou outras dificuldades emocionais.
Susana Dias Ramos não se poupou nas palavras e concluiu com um apelo à atenção e ação preventiva. “Se uma amiga minha partisse debaixo do meu nariz, parte de mim morreria com ela. Morrer de distração é a maior das culpas. Este texto não é bonito. Nem é para ser. É só verdadeiro. Que sirva para não nos distrairmos mais. Que sirva para estarmos atentos. Que sirva para salvar alguém antes que seja tarde demais”, afirmou, demonstrando indignação e frustração face à ausência de apoio real.
O desabafo da psicóloga revela a urgência de uma reflexão coletiva sobre a amizade, a empatia e o acompanhamento de pessoas em sofrimento. No caso de Teresa Caeiro, as redes sociais mostram carinho e reconhecimento póstumo, mas a crítica de Susana sublinha que o essencial é o apoio presente e constante, capaz de prevenir tragédias e de oferecer conforto genuíno antes que seja tarde.