O Tribunal Arbitral do Desporto revogou as sanções aplicadas à Sporting SAD e aos jogadores Nuno Santos e Matheus Reis na sequência do incidente ocorrido no Municipal de Aveiro, durante a Supertaça Cândido de Oliveira, que resultou em dois adeptos feridos – pai e filha, a vítima do sexo feminino sofreu um corte de 8 a 10 centímetros no couro cabeludo e foi diagnosticada com hematoma epicraniano. Tudo aconteceu devido à queda do vidro de proteção do camarote onde estavam uma comitiva leonina, incluindo vários jogadores que não participaram na decisão do troféu, conquistado pelo FC Porto em agosto (4-3 após prolongamento).
Em novembro, a Secção Não Profissional do Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol aplicou oito jogos de suspensão a Nuno Santos, bem como multas no valor de 3570 euros. A SAD do Sporting foi condenada a pagar também 3570 euros, sendo que Matheus Reis foi punido com uma coima de 510 euros.
Na altura, o processo deu como provado que, ao longo do encontro, os jogadores leoninos que estavam no camarote – nomeadamente Matheus Reis e Nuno Santos – deram várias palmadas que fizeram abanar o vidro de proteção, sendo que terá sido o português, provavelmente com o pé, a provocar o impacto que fez ceder três dos quatro suportes do vidro.
A decisão era passível de recurso, nomeadamente para o Conselho de Justiça ou para o Tribunal Arbitral do Desporto, e este agora deu razão aos leões, revogando os castigos.
«Na sequência da decisão do Conselho de Disciplina, que condenou o jogador Nuno Santos na sanção de suspensão de oito jogos por ocasião do jogo da Supertaça realizado no Estádio Municipal de Aveiro, a Sporting SAD informa que foi hoje notificada do acórdão proferido pelo TAD, no âmbito do processo n.º 67/2024, a qual, concluindo pela procedência do recurso, revogou as sanções aplicadas à Sporting SAD e aos jogadores Nuno Santos e Matheus Reis», começa por destacar a SAD leonina num comunicado divulgado esta segunda-feira ao início da noite.
«Embora se congratule com a decisão do TAD, a Sporting SAD não pode deixar de censurar o modo leviano como o então Conselho de Disciplina da FPF decidiu suspender um jogador em cerca de um quarto da principal competição nacional, cujos efeitos, por sorte ou infortúnio, apenas não se fizeram sentir no plano desportivo devido a uma grave lesão sofrida pelo atleta», acrescentam ainda os verde e brancos na nota oficial.
«A Sporting SAD espera que o novo ciclo federativo do Conselho de Disciplina da FPF represente um momento de viragem, trazendo uma abordagem mais ponderada e sensata a uma atividade fundamental para assegurar a regularidade das competições e a preservação da verdade desportiva», terminam os leões.
