
Um condutor de 51 anos, sem carta de condução, causou uma tragédia na madrugada deste sábado, após fugir a uma operação de fiscalização da GNR na EN14, na Maia. Durante a fuga, o homem ainda tentou atropelar um dos militares, antes de se envolver numa colisão mortal com um Renault Mégane e uma carrinha de distribuição de jornais. O incidente resultou na morte de dois homens, de 45 e 58 anos, enquanto três pessoas ficaram gravemente feridas, incluindo o próprio condutor em fuga.
Segundo informações apuradas, o condutor do BMW poderá também ter conduzido sob efeito de álcool, estando os testes de alcoolemia a ser realizados no Hospital de S. João. Junto ao local do acidente, a PSP encontrou droga e um revólver na viatura, aumentando a gravidade do caso. A colisão aconteceu junto ao nó da A41, envolvendo ainda a destruição parcial de uma viatura da GNR e espalhando jornais e destroços pela estrada, o que obrigou ao corte total da EN14.
As vítimas fatais desempenhavam funções do dia a dia: uma delas estava a distribuir jornais quando foi atingida, aumentando o impacto desta tragédia sobre a comunidade local. Os feridos foram socorridos rapidamente por equipas dos Bombeiros de Moreira da Maia e Pedrouços, Cruz Vermelha e INEM, e transportados para o hospital para tratamento. Os corpos das vítimas foram removidos para autópsia, enquanto a PSP conduz a investigação sobre as circunstâncias do acidente e a responsabilidade do condutor.
Este episódio relembra que a EN14 é um troço sensível, já marcado por acidentes mortais no passado. Em maio de 2023, um motociclista de 36 anos perdeu a vida junto aos mesmos postos de abastecimento, após colisão com um automóvel. A repetição de tragédias neste ponto específico reforça a necessidade de fiscalização rigorosa e prudência redobrada por parte dos condutores.
Além do impacto imediato sobre as famílias das vítimas, este acidente levanta questões sobre a condução sem carta, a presença de armas e drogas e a necessidade de estratégias de prevenção em estradas com elevado risco de acidentes. Autoridades apelam à colaboração da população e à denúncia de comportamentos de risco para evitar novas tragédias em Portugal.