A vida de Isabel Silva mudou de forma irreversível após a madrugada de 3 de julho, quando perdeu os dois filhos, André Silva e Diogo Jota, num trágico acidente. Desde então, a mãe do conhecido futebolista tornou-se o rosto de um sofrimento sem nome, já que não existe palavra capaz de descrever a dor de quem perde um filho — muito menos dois.
Segundo relatos da família, Isabel tem enfrentado dias de angústia profunda. O sogro, Fernando, revelou à revista TV7 Dias que a nora já não consegue ter contacto com a rotina de outrora. “A minha nora não quer ouvir falar de nada, nem quer ver televisão. A mãe não está boa, coitada”, desabafou, sublinhando a dificuldade da mulher em encontrar forças para seguir em frente.
Ao lado da dor de Isabel, está Joaquim Silva, o pai dos rapazes. Apesar de se mostrar mais resistente, também ele vive mergulhado no vazio deixado pela partida dos filhos. “Ele ainda se aguenta, é como eu. Sente cá dentro, mas aguenta”, afirmou o avô, destacando a forma como o filho tenta disfarçar a tristeza, sobretudo para proteger os que ainda lhe restam.
Mesmo em luto, Isabel e Joaquim não se fecham totalmente ao mundo. O casal já marcou presença em várias homenagens públicas prestadas aos filhos, mas é no silêncio que encontram algum conforto. O cemitério de Gondomar, onde André e Jota estão sepultados junto à campa da avó materna, tornou-se destino diário, um espaço onde procuram manter viva a ligação aos rapazes.
Entre a saudade e o vazio, Isabel vive com uma dor que não encontra consolo. A perda de dois filhos em simultâneo deixou-a sem chão e com uma ferida impossível de sarar. Ainda assim, entre lágrimas e memórias, ela e Joaquim mantêm-se unidos na esperança de encontrar alguma luz, mesmo que ténue, ao fundo deste túnel de sofrimento.
