Francisco J. Marques, ex-diretor de comunicação do FC Porto, lançou duras críticas à gestão de André Villas-Boas, atual presidente dos dragões, numa publicação onde abordou diversos temas relacionados com o momento atual do clube azul e branco.
O alvo principal foi a liderança de AVB, que Francisco J. Marques classifica de “calamitosa” após 11 meses de presidência:
“Está a falhar na gestão desportiva. A situação é muito má, mais perto da Liga Conferência do que da Liga dos Campeões. A liderança não se compra, o carisma não se aprende”.
O antigo responsável portista acusa a atual administração de não ter “intensidade” nem “identidade” com o clube e refere mesmo que “ninguém da comissão executiva acompanhava a vida do clube”.
Francisco Conceição e o caso do empréstimo
Um dos pontos mais sensíveis prende-se com a saída de Francisco Conceição, que segundo Villas-Boas foi motivada pela entrada de Vítor Bruno. Francisco J. Marques vê nisto uma clara falta de liderança:
“Emprestar o melhor jogador da segunda metade da época anterior porque não quis enfrentar um problema complicado é inadmissível. Liderança zero. Imperdoável”.
Anselmi em causa: aposta de risco?
Martín Anselmi, técnico argentino da equipa principal, também foi mencionado com preocupação. Marques questiona a confiança cega no treinador, mesmo em caso de maus resultados:
“Continua se ficar em quarto? Se for um fracasso no Mundial de Clubes? Porque é que continua a qualquer preço?”
Sugere que uma avaliação no fim da época seria mais sensata, permitindo colocar a pressão onde deve estar: sobre o treinador.
Referência a Pinto da Costa e críticas aos rivais
Francisco J. Marques também recorda a morte de Pinto da Costa e critica o silêncio institucional de Benfica e Sporting, lamentando a ausência de condolências formais. Mas foi mais longe, acusando Villas-Boas de hipocrisia:
“AVB é a última pessoa à face da terra a poder comentar a ausência de condolências a JNPC”.
Problemas financeiros e equipa B também em destaque
Na publicação, o ex-diretor não esqueceu o momento financeiro do clube, alertando para os 179 milhões de euros de passivo, os salários em atraso de novembro e o fraco desempenho da equipa B, referindo-se a tudo isto como sinais de desorganização estrutural no clube.
