Rui Borges não quer comparações com o Sporting de Rúben Amorim

Como via o Sporting da primeira volta? Está cada vez menos refém do sistema de Amorim? Quando é que o Morita vai estar disponível? “O Morita está fora do jogo. Eu não gosto de fazer comparações, e vocês também não deviam fazer, à Era Amorim, ou de quem quer que seja. Nesse momento, o Sporting estava num grande momento, só tinha vitórias, uma dinâmica muito positiva, um jogo muito difícil, estava a perder por 2-0 ao intervalo. Conseguiu dar a volta já no final do jogo para 4-2, mas tinha muitos jogadores. Potes, Moritas… Acho que o Nuno Santos era o único jogador que estava de fora. Não podem fazer comparações. Eu nem sequer olho para a ideia ou para o sistema, apesar de em alguns momentos ter algumas parecenças, mas há pequenos momentos que fazemos diferente e isso muda logo tudo. Nunca olho para o ser refém do que quer que seja. É claro que eles em alguns momentos vão a algumas coisas, que já têm no ADN deles, é natural, estão aqui há muito tempo, é o hábito. Por isso é que eu digo que o treino é muito importante e por isso é que não ter treino é muito difícil para nós, treinadores. O hábito é fazermos algumas coisas algumas vezes, para conseguirmos fazer as coisas de forma automática. É natural que nós vamos pedindo algumas coisas e eles vão acrescentando de hábitos anteriores. Eu nunca olho de forma comparativa para o que quer que seja, nem posso, nem faz sentido algum estar a comparar o que quer que seja. Até porque eu já tenho dito, nem é para valorizar o trabalho da minha equipa técnica, nada disso, eu valorizo sempre aquilo que é o trabalho dos jogadores e os jogadores, pela resiliência que tiveram de ter ao longo deste tempo, por castigos, por lesões, não podia estar mais feliz com aquilo que eles têm dado, pelo que têm demonstrado, pelo que tem estado comprometidos. A forma comparativa é impossível, até porque os jogadores fazem muita diferença.”
O que Debast pode dar ao meio-campo do Sporting? Como vai ser o clássico? Sozinho? Com um bloco de notas? “Vamos estar em estágio, vou estar a ver o jogo com toda a gente. De certeza, com a equipa técnica, com a parte do staff, e jantar bem, se Deus quiser. O Zeno acrescenta aquilo que tem acrescentado. É um jogador dinâmico, que está a crescer naquela posição. Está melhor, com menos dificuldade a jogar de costas, mais intenso, mais agressivo. Vai dar-nos dentro daquilo que é a qualidade técnica dele em muitas coisas, a equipa também reconhece nele essa qualidade. É importante, ele sente esse reconhecimento. Sente essa confiança de toda a gente. É um jogador que tem feito bons jogos e que vai crescer ainda mais, que vai crescer muito e bem naquela posição. Agora, claro que não me posso esquecer que ele é defesa-central, foi contratado para isso e não me vou esquecer disso, jamais me vou esquecer disso. Neste momento, sinto-o capaz e com confiança, com desejo de ajudar naquela posição e tem-no feito muito bem. É dar continuidade áquilo que tem sido até agora, apenas e só, é isso que lhe peço.”