Num momento carregado de emoção e saudade, André Villas-Boas revelou um desejo que ficará por cumprir.
O presidente do FC Porto confirmou, no velório de Diogo Jota, que o clube estava a trabalhar activamente no regresso do avançado ao Dragão para a época 2026/27. Um plano que contava com o envolvimento do agente Jorge Mendes e que, segundo o dirigente portista, chegou a ser comunicado pessoalmente ao jogador.
«Estávamos a trabalhar com o seu agente Jorge Mendes para o regresso do Diogo Jota ao FC Porto a partir de 2026/2027», afirmou Villas-Boas à margem das cerimónias fúnebres, junto à Igreja de São Cosme, em Gondomar. «Tínhamos abordado essa possibilidade e fiz questão de transmiti-la ao Diogo Jota, através do Jorge Mendes, no seu casamento. Era um sonho para todos os portistas que isso tivesse acontecido», acrescentou, visivelmente emocionado.
Recorde-se que Jota brilhou com a camisola azul e branca sob o comando técnico de Nuno Espírito Santo, participando em 38 jogos e marcando 9 golos, numa época em que o seu talento chamou a atenção internacional. Depois disso, construiu uma carreira de excelência no Wolverhampton e no Liverpool, afirmando-se como um dos jogadores portugueses mais respeitados da sua geração.
A revelação de Villas-Boas vem agora adicionar um novo capítulo à tragédia que abalou o futebol português e mundial. A morte de Diogo Jota e do irmão André Silva, na sequência de um acidente de viação em Espanha, deixou o mundo do desporto em estado de choque, gerando inúmeras homenagens, dentro e fora dos relvados.
O plano de regresso a casa, ao clube que tanto o marcou e onde o carinho era mútuo, ficará como mais um sonho interrompido. E a certeza de que, mesmo nos bastidores, Diogo Jota já fazia parte do futuro do FC Porto — até que o destino o impediu.
