Rui Borges: “Uma boa tasca deve ter presunto, linguiça, bom vinho…”

Como tem sido ser mais conhecido? “Tem sido mais difícil na rua, mas é bom sentir o carinho e eu gosto muito. Não tive nada que não fosse de carinho. Não consigo sair da Academia e não parar. Há pessoas que estão ali 4/5 horas à espera. Eu amo o futebol, mas não sei se estava ali 4 horas. Pessoas que vêm do Norte e estão ali à espera e nós passamos e não paramos e as pessoas vão tristes. Mete-me confusão. Não consigo não parar. As pessoas merecem esse carinho. É difícil explicar, sou apenas o Rui Borges, sou o treinador do Sporting, uma pessoa normal. Para mim o meu avô era o melhor sapateiro do mundo e era muito mais do que o Rui Borges treinador do Sporting. As pessoas estão à espera do autocarro passar dois segundos. O futebol cria emoções inexplicáveis”.
Usar colete durante os jogos tornou-se superstição? “Foi um bocadinho a partir de certo momento. Em alguns momentos, procuro alguma coisa para me agarrar. Até a coisa ir… o colete vai. Na próxima época temos de mudar”.
O que é que uma boa tasca deve ter? “Presunto, boa linguiça, um bom vinho. Dou muito valor às tascas porque venho de um sítio onde a tasca significa muito. Olho para a tasca do antigamente em terras como a minha e às vezes é o aliviar do dia para muita gente. Onde se podia rir, beber o seu copinho. O meu avô andava sempre com bacalhau no bolso, quando ia beber tirava sempre uma lasca do bacalhau”.