
A Organização Mundial de Saúde (OMS) lançou um alerta preocupante para o risco de epidemias no Afeganistão, após o terramoto de magnitude 6,0 que atingiu o leste do país no passado dia 31 de agosto. Entre os sobreviventes, já foram detetados surtos iniciais de diarreia aquosa aguda, malária e infeções respiratórias, aumentando o receio de uma crise sanitária de grandes proporções.
Segundo o mais recente relatório da OMS, apenas entre 2 e 6 de setembro foram registados 155 novos casos de doenças, incluindo 77 de infeções respiratórias agudas, 61 de diarreia aquosa e 17 de malária. Um dos testes rápidos para diarreia deu resultado positivo, estando já a ser analisado num laboratório regional para confirmar se se trata de um caso de cólera.
As más condições de vida enfrentadas pelas vítimas, como superlotação em abrigos improvisados, falta de acesso a água potável e saneamento precário, estão a agravar a situação. Estima-se que mais de 84 mil pessoas estejam em situação de extrema vulnerabilidade após a destruição de 6.700 casas pelo sismo, considerado o mais mortífero no Afeganistão em quase três décadas.