Morten Hjulmand vai mesmo a jogo frente ao Gil Vicente, este domingo, em Alvalade. Apesar de estar pendurado com oito cartões amarelos e a um passo de falhar o dérbi com o Benfica, Rui Borges decidiu avançar com o médio dinamarquês no onze inicial. A decisão, arriscada por natureza, confirma a importância do encontro diante dos gilistas nas contas do título.
De acordo com o que A Bola avança esta terça-feira, o técnico leonino avaliou todas as opções e entendeu que o Sporting não se pode dar ao luxo de pensar já no dérbi. Hjulmand é, neste momento, insubstituível no eixo do meio-campo, não só pela qualidade na construção e na pressão alta, mas também pela liderança em campo. A confiança na sua inteligência tática e controlo emocional pesou no veredito final.
A escolha de Rui Borges ganha ainda mais relevância tendo em conta o contexto físico do plantel. Hidemasa Morita está ainda em fase de reintegração total após o regresso de lesão e deverá ser utilizado de forma limitada. Pedro Gonçalves, por sua vez, tem alternado entre a titularidade e o banco, e poderá voltar a ser gerido com cautela neste duelo. Assim, o treinador deve alinhar com Hjulmand e Debast como dupla no meio.
A presença do dinamarquês diante do Gil Vicente ganha peso acrescido quando se considera o calendário leonino. O Sporting lidera o campeonato com os mesmos pontos do Benfica, mas com vantagem no confronto direto (2-1 em Alvalade). Antes do dérbi que poderá decidir o título, cada ponto é uma pedra angular — e Rui Borges sabe disso. Colocar Hjulmand em campo é sinal de que os leões querem resolver já, e não apenas “sobreviver” até ao jogo grande.
Nos bastidores, sabe-se que a decisão foi partilhada com o próprio jogador, que demonstrou vontade de ajudar a equipa e assumiu o risco com naturalidade. Hjulmand, que já soma mais de 40 jogos oficiais esta época, é uma das figuras mais fiáveis do plantel e será um dos termómetros do Sporting nesta fase final do campeonato.
