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Zulmira Garrido em lágrimas ao recordar o filho: “Eu não estou bem, não estou curada…”

Zulmira Garrido foi uma das convidadas do programa ‘Estamos em Casa’ do passado sábado, dia 13 de setembro.

À conversa com Andreia Rodrigues, a comentadora da SIC recordou o seu percurso pessoal e profissional e falou, a dada altura, sobre a partida inesperada do filho, Eduardo, em novembro de 2022, vítima de uma aneurisma.

Depois de destacar que, aquando da morte do filho, pensou que não iria “sobreviver”, Zulmira Garrido ‘abriu o coração’: “Nunca pensei em suicídio, agora eu fazia de tudo para ‘se acontecer aconteceu’, fazia de tudo para ir e ainda hoje… Eu não estou bem, não estou curada. Uma pessoa nunca fica curada e, à medida que o tempo passa, a saudade vai aumentando”, começou por dizer, já com as lágrimas nos olhos.

A comentadora do programa ‘Passadeira Vermelha’ admitiu que, hoje em dia, passa “horas e horas” a ver fotografias do filho e revelou depois a última conversa que teve com o DJ, de quem não conseguiu despedir-se.

“Ele estava em Istambul e eu estava no Cairo e ele fez um vídeo do hotel onde estava, ele tinha feito escala em Istambul para ir para o Qatar, (…) e ele fez esse vídeo antes de ir para o aeroporto e enviou-me e fui a última vez que falei com ele e que o vi… com vida”, partilhou.

Questionada depois por Andreia Rodrigues sobre a sua reação à morte do filho, Zulmira Garrido partilhou como tudo aconteceu: “Eu estive sem saber dele uns dias, não conseguia falar com ele, já ele estava no hospital sedado e eu sem ter notícias dele. No dia em que ele era para aterrar no Qatar (…) ele não mandou mensagem e eu fiquei em pânico”.

Depois de partilhar que acabou por receber uma mensagem com a informação de que o filho estava internado num hospital, em Istambul, a comentadora contou que embarcou de imediato para a Turquia: “Quando cheguei lá, o meu filho estava sedado e estava sedado há cinco dias (…). E pronto, tinha sido um aneurisma que tinha rebentado e sedaram-no à espera que alguém chegasse para lhe fazerem a cirurgia porque enquanto não se pagasse a cirurgia não seria feita…Pronto, e aí começou… No dia a seguir à cirurgia, eu ainda o vi mas… Ele sentiu-me, ver-me não sei se viu. Depois da cirurgia, ele reagiu mas reagiu muito mal (…). Mandaram-me sair dos cuidados intensivos e no dia seguinte ligaram a dizer para ir urgentemente para o hospital… Eu percebi logo o que se tinha passado”, contou.

Revoltada com a forma com que o filho foi tratado no hospital, em Istambul, Zulmira Garrido não se inibiu nas palavras: “O que eles fizeram foi horrível, eu sei que o meu filho foi assassinado… Para já, aquilo não era um hospital e eu quis tirá-lo de lá e pô-lo num hospital bom (…), manipularam-me dizendo que ele corria risco de vida e que saísse dali não ia resistir (…). É evidente que cinco dias com aneurisma que tinha rebentado… eu sabia que não era fácil. Foram os dias mais negros da minha vida e continuam a ser”, deu conta.

Em lágrimas, Zulmira Garrido revelou ainda qual o sítio onde encontra “refúgio”: “Sabe onde? No cemitério! (…) Agora é onde eu me sinto bem, vou visitá-lo portanto sinto-me ali bem (…). Falo com ele, estou ali, converso”.

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